quinta-feira, 24 de março de 2011

Astrônomos descobrem o que pode ser a fase inicial de um sistema planetário em formação

Uma equipe internacional de astrônomos do Observatório Europeu do Sul (ESO) descobriu um disco de matéria em torno de uma estrela jovem que sugere a fase inicial da formação de um sistema planetário. Pela primeira vez foi detectado um "companheiro menor" que pode ser o causador de um grande espaço vazio encontrado no disco. Observações futuras vão determinar se trata-se de um planeta ou uma anã castanha.

Os planetas formam-se a partir de discos de matéria em torno de estrelas jovens, mas a transição de um disco de poeira para o sistema planetário é rápida, o que faz com que poucos objetos sejam observados durante essa fase. Um desses objetos é o T Chamaeleontis (T Cha), uma estrela de baixa luminosidade situada na pequena constelação do Camaleão que, embora comparável ao Sol, encontra-se ainda no início de sua vida.

T Cha situa-se a cerca de 330 anos-luz de distância e tem apenas sete milhões de anos de idade. Até agora, nunca haviam sido encontrados planetas sendo formados nesses discos em transição, embora já tenham sido vistos planetas em discos mais maduros.

“Estudos anteriores mostraram que T Cha é excelente para estudar a formação de sistemas planetários,” diz Johan Olofsson, do Instituto Max Planck para a Astronomia, na Alemanha, autor principal de um dos dois artigos científicos que descrevem a descoberta, publicados na revista Astronomy & Astrophysics.

A descoberta foi feita com ajuda do telescópio VLT, do ESO, localizado no Chile.


FONTE: UOL Ciência e Saúde - São Paulo

segunda-feira, 21 de março de 2011

|Notícia| Física Nuclear: Crise causada por acidentes nucleares no Japão não foi superada

A crise nuclear no Japão ainda é grave e não foi superada. A conclusão é do diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), Yukiya Amano, com base em relatórios que recebe diariamente, na visita que fez na semana passada e nas reuniões que teve com autoridades e especialistas japoneses. Porém, Amano disse hoje (21) “não ter dúvida” que a crise será superada e que a energia nuclear é a melhor alternativa para o setor.


“A crise ainda não foi resolvida e a situação na Usina Nuclear de Fukushima Daiichi continua muito grave”, afirmou. “Há ainda elevados níveis de contaminação no local.”

No entanto, o diretor-geral da Aiea disse estar otimista: “Não tenho dúvida de que esta crise vai ser efetivamente superada. A natureza pode ser cruel. Mas os seres humanos são corajosos, habilidosos e resistentes, como as pessoas afetadas pelo tsunami têm mostrado nos últimos dez dias.”

O Conselho de Governadores da Aiea, formado por 35 representantes, reuniu-se hoje extraordinariamente em Viena, na Áustria. De acordo com a agência, Amano relatou aos presentes as últimas avaliações sobre as explosões e vazamentos nucleares ocorridos no Japão.

“Compreendo perfeitamente as preocupações de milhões de pessoas, no Japão e nos países vizinhos da Ásia, assim como de outras regiões, sobre os possíveis perigos para a saúde humana, a contaminação ambiental e os riscos para os alimentos”, afirmou Amano.

O diretor-geral da Aiea disse que os acidentes no Japão levaram a comunidade internacional a buscar uma resposta de emergência para evitar associações com o que ocorreu em Chernobyl, em 1986. “A agência está fazendo todo o possível para fornecer informações precisas e factuais. Tenho confiança que o governo japonês irá abordar as preocupações do público de forma adequada”, disse.

No último dia 17, Amano foi a Tóquio, no Japão, quando se reuniu com o primeiro-ministro Naoto Kan e os ministros das Relações Exteriores, da Economia, Indústria e Comércio, além da equipe da empresa Tokyo Electric Power Company (TEPCO) – responsável pela usina de Fukushima – e da Agência de Segurança Industrial e Nuclear do Japão.

Segundo Amano, mesmo após o acidente do Japão, a energia nuclear é a opção mais viável, estável e limpa. “A energia nuclear continua a ser uma opção importante e viável para muitos países como fonte estável e limpa de energia. Alguns países estão revendo seus planos à luz do que ocorreu em Fukushima”, afirmou.

Da Agência Brasil


Fonte: http://www.pernambuco.com/ultimas/nota.asp?materia=20110321122211&assunto=18&onde=Mundo